sexta-feira, 22 de março de 2013

A Revolução dos Bichos - George Orwell


Cansados da exploração a que são submetidos pelos humanos, os animais da Granja do Solar rebelam-se contra seus donos e tomam posse da fazenda, com o objetivo de instituir um sistema cooperativo e igualitário, sob o slogan “quatro pernas bom, duas pernas ruim”.    Mas não demora muito para que alguns bichos – em particular os mais inteligentes, os porcos – voltem a usufruir de privilégios, reinstituindo aos poucos um regime de opressão, agora inspirado no lema “todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros”. A história da insurreição libertária dos animais é reescrita de modo a justificar a nova tirania, e os dissidentes desaparecem ou são silenciados à força.   Instrumentalizada na época da Guerra Fria como arma anticomunista, A revolução dos bichos transcende os marcos históricos da ditadura stalinista que a inspirou e resplandece hoje, passados mais de sessenta anos de seu surgimento, como uma das mais extraordinárias fábulas sobre o poder que a literatura já produziu.

 Devido ao fato de que estou em férias super prolongadas enquanto minhas aulas na universidade não começam, ter esse contato com a história, mesmo que por analogia, foi muito legal. Até porque essa parte da história geral é a que eu mais gosto, era a que mais dava vontade de prestar atenção. (Ha! Não foi assim agora no último ano, eu não prestava atenção em tipo naaaadddaaaa, por incrível que pareça gostei muito mais de história do Brasil, isso claro, por causa da professora. Aula de história geral era aula de ler, conversar ou se lamentar mesmo). Meu sonho era terminar logo o colégio, mas eu já sinto falta, principalmente das aulas de história, geografia e literatura. Ter contato com essas coisas é muito bom pra cabecinha.
 Li o livro numa tarde mesmo, mas porque é, tive problemas. Digo, o livro é bom, eu gostei, o problema era o que eu estava esperando dos acontecimentos. Eu tenho sérios problemas com ignorância, dificuldade de enxergar, entender, etc. São coisas que me irritam muito, seja em filme, livro, situação real, qualquer coisa. Não é que eu saia por aí querendo matar as pessoas que não entendem as coisas, é só que me da aquela ansiedade, aquela coisa angustiante...... Então eu estava simplesmente tentando acabar logo o livro porque eu não estava mais aguentando. Dava até vontade de chorar. A medida que eu lia, eu esperava algum acontecimento, e esperar isso muda totalmente a sua leitura, porque o que vem, na verdade, é uma conclusão.
 Não estou reclamando do final, nem um pouco. A culpa é do meu cérebro que lê com uma expectativa estabelecida. Tá, a culpa também é do posfácio que me fazia acreditar que o livro era maior, de que o fim não estava próximo.. ):
 Deu pra perceber que os meus problemas com o livro foram idiotas e pessoais. Portanto, pelo livro, a leitura é mais do que recomendada. É interessante como o livro foi visto de formas tão opostas no decorrer do tempo. É também muito bom ver porque algumas ideias aparentemente boas, no final não dão certo. Poder poder poder poder. Ver como as coisas são manipuladas, ideias são desviadas e pessoas (no caso, bichos) são enganadas.
 Fico por aqui, beijos e até a próxima.

                                                   Março - Animais protagonistas 

quarta-feira, 20 de março de 2013

A Casa dos Macacos - Sara Gruen

 Isabel Duncan, cientista do laboratório de Linguagem de Grandes Primatas, não compreende as pessoas. Mas sabe tudo sobre macacos. Principalmente os bonobos Sam, Bonzo, Lola, Mbongo, Jelani e Makena. Integrantes de uma das espécies mais próximas da humana, são capazes de raciocinar e de se comunicar na linguagem americana de sinais. Isabel se sente ainda mais à vontade com eles do que jamais se sentiu com sua própria espécie. Até que conhece o repórter John Thigpen, que apura uma matéria sobre defensores dos direitos dos animais. Quando uma explosão atinge o laboratório, a reportagem, a mais importante da carreira do jornalista, passa a ser centrada em Isabel. E ela se vê obrigada a interagir com sues semelhantes para salvar sua família primata de uma nova forma de exploração: um reality show estrelado pelos bonobos desaparecidos se torna o maior — e o mais improvável — fenômeno da mídia moderna.


 O livro é da mesma autora de Água para elefantes, sucesso literário que teve sua adaptação estrelada por Robert Pattinson e Reese Witherspoon, que por sinal eu assisti mas não li.

 Eu nunca tinha ouvido falar desse livro, estava em uma outra cidade, entrei numa papelaria que tinha alguns livros vendendo e me deparei com ele. A capa é muito linda, de certa forma é chamativa e diferente (é bem mais bonita pessoalmente). A sinopse no fundo do livro é bem "pobre", não da muito detalhe e a estória até parece ser meio chata, são os comentários a respeito dele que me deram vontade de comprar (e o preço também era muito convidativo, risos).

 A leitura é agradável, é leve, você simplesmente vai lendo. Não vá confiando no que tem escrito na orelha do livro (talvez haja uma outra edição, não sei), eu achei muito sem noção, eu lia já esperando por certas coisas, mas depois nada...

 O bom é que o foco não fica só em uma única coisa, várias coisas acontecem, coisas aleatórias que de certa influenciam no final, etc.

 Eu gostei bastante, da pra ler rapidinho. Não tenho muito o que dizer, acredito que principalmente porque eu estou com muita fome e preciso de comida urgentemente, o que talvez implique que eu terei que sair da minha casinha pra pegar ônibus, delicinha!

                                                   Março - Animais protagonistas

Tchau, até a próxima.

Think about it


 Já imaginou viver em uma sociedade em que todos fossem lindos, perfeitos, maravilhosos e vivessem nas mesmas condições? Seria a solução de vários problemas, não é? Não teria bullying, não teriam problemas de autoestima, exclusão, etc. E quanto a tudo que você tivesse que fazer fosse se divertir? Perfeitos e sem responsabilidade? Só tem que esperar pra completar 16 anos e ganhar do governo uma operação plástica! Sociedade magnífica, não? Não.

 É nesse mundo que a Tally vive, ela está prestes a completar 16 anos e finalmente deixar de ser feia e se tornar perfeita. É nesse contexto que ela conhece Shay, uma garota que faz aniversário no mesmo dia que ela, portanto elas se tornariam perfeitas juntas. Enquanto Tally está imensamente ansiosa pra que isso aconteça, Shay não está nem um pouco, o motivo disso é um lugar chamado Fumaça, os feios que fogem para lá retiram seus sustentos da natureza e, claro, ficam feios para sempre. Tally acha isso maluquice, mas quando Shay desaparece, um grupo chamado Circunstâncias Espaciais lhe propõe ficar feia para sempre ou trair sua amiga levando eles até a Fumaça.

 Eu gostei muito do livro, no começo ele é meio parado mas não tive problemas com isso. Quando chegou o final eu fiquei louca pra ler a continuação, Perfeitos, que eu por sinal finalmente comprei, mas ainda não sei quando começarei a devorar freneticamente...




 E quem nunca tinha assistido? Eu.

 Eu gostei tanto desse filme que eu cheguei a fazer o tipo de declaração totalmente pergiosa: "virou meu filme preferido". É simplesmente fantástico, gostei dele por vários e vários motivos.

 O contexto, como devem saber, é de um governo totalitário. Ou seja, a abordagem distópica é mais direta, não é como em Feios. A semelhança é aquela meio que de sempre, governos que tentam passar aquela imagem que se importam com as pessoas e que elas estão em segurança, mesmo que não tenham liberdade, então depois nem se percebe que já não há mais liberdade. Liberdade de pensamento ou liberdade de expressão, hmmm.

 Não vou discutir sobre nada aqui, é bom exercer a cabecinha. Distopias, eeeeeeeee.

 Então, galerinha, as aparências enganam e a situação de Feios eu considero pior. Descubram porquê. Muahahaha


 Tchau, até a próxima.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Marley e Eu - John Grogan

 Acredito que quase todo mundo ao menos já assistiu o filme e sabe da história. Bom, é sobre um casal recém-casado que pra testar suas capacidades de cuidar de um filho, resolvem criar um cachorro. Poderia ser algo bem simples se o pequeno labrador escolhido não fosse o Marley, um cãozinho louco que apronta muito muito muito, mas que também é extremamente leal e que teve um imenso valor na vida daquela família em ascensão.

 Foi o primeiro livro de uma história real que eu li, e eu gostei bastante desse primeiro contato. É uma experiência legal, sinceridades e realidades dão um toque totalmente diferente a um livro. Eu gostei bastante de ver a vida de alguém assim um pouco mais de perto, a leitura fica mais interessante ao pensar que aquelas pessoas são reais e que aquelas coisas aconteceram de verdade (e em muitas partes eu fiquei tipo morrendo de vergonha alheia). Com isso não estou desvalorizando a ficção, não mesmo, até porque foi o que sempre tive contato.

 Já saber o inevitável em histórias de cachorro e ter assistido o filme, fizeram com que logo no começo, com qualquer coisinha, eu ficasse com um pouquinho de vontade de chorar. Eu tenho um certo problema com sofrimentos iminentes, então lá para os acontecimentos do final do livro, eu comecei a ficar um pouco impaciente "se eu tenho que sofrer com isso, então que seja logo" e então depois eu queria que o livro acabasse logo. E também por volta do final, eu estava tendo problemas com algumas coisas, do tipo, é a vida real colocada num livro, mas a vida real não é puramente um livro. Quando as coisas vão passar assim pro papel algumas coisas "a mais" surgem, afinal é um livro. Eu não sei se essa minha neurose se justificou neste caso, mas não tem muito problema.... Eu gostei do livro, de verdade.

 Além de ser um livro ótimo em geral, acredito que ele é muito bom principalmente pra quem é recém-casado, tá com um novo cachorro, pretende ter filhos, etc. O livro com certeza não é direcionado apenas a esses casos, eu não me encontro em nenhum deles e eu gostei bastante do livro e dessas partes.

 Minha recomendação não é completamente entusiasta, é mais sutil. Gostei do livro, sim, me fez chorar, nele meu sofrimento foi mais "real", mas acredito que prefiro o filme.

 Na vida de um cão, era comum as paredes terem a pintura arranhada, as almofadas se abrirem e tapetes rasgarem. Como qualquer relacionamento, este tinha seu preço. E acabamos aceitando este preço em troca da alegria, diversão, proteção e companheirismo que ele nos proporcionava. Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto à porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo seu rosto?
               - Marley e Eu



Até a próxima

                                                   Março - Animais protagonistas

terça-feira, 5 de março de 2013

Never let me go



Sinopse: Ruth (Keira Knightley), Tommy (Andrew Garfield) e Kathy (Carey Mulligan) cresceram juntos em um internato cheio de disciplinas rígidas nas questões da alimentação e na manutenção do corpo saudável. Criados, praticamente, sem contato com o mundo exterior na misteriosa escola, os três sempre foram muito unidos, mas uma revelação surpreendente sobre doação de órgãos e o objetivo de suas vidas pode mudar o rumo da história. Ainda mais pelo clima de romance entre Ruth (Keira) e Tommy (Andrew) incomodar cada vez mais Kathy (Carey).

Fonte: Adorocinema





 Eu já havia assistido esse filme há mais de um mês atrás, mas agora a pouco estava aqui sendo levada por uma música linda que faz parte da trilha sonora dele. Não me abandone jamais é a adaptação do livro de mesmo título escrito por Kazuo Ishiguro (ele nasceu em Nagazaki, wow) publicado aqui pela Companhia das Letras eeeeeeeeeeee... É uma distopia. Distopias, yeah.

 O filme tem aquele ar melancólico devido às filmagens, os cenários e tudo mais. É ótimo pra assistir naquela tristezinha de um dia externamente ou internamente chuvoso... Essa capa até parece meio tosca, acho que eu não confiaria nessa capa, assisti sem ter visto, então tudo bem. 

 Por motivos retardados, eu gostei bastante do começo, de quando eles ainda eram crianças. MUITO FOFOS. A garotinha que faz a Kathy pequena é incrivelmente parecida com a Carey Mulligan, que faz ela maior (já a conhecia de A abadia de Northanger) e eu ficava comentando isso quase toda hora. A garotinha é muuuito fofinha, juntamente com o garotinho que interpreta o Tommy pequeno, tão lindinho a ponto de você olhar meio torto pra aquele espetacular homem-aranha do Andrew Garfield (O QUE ELE QUER COM O NOME DO GARFIELD?). Já a Ruth... Humm... Não é muito bonitinha, mas isso é mais por conta das minhas primeiras impressões certas sobre ela, não impressões erradas do tipo as ditas pela pessoa que estava ao meu ladooo....... Falando dos atores, também encontramos outra que já atuou em alguma adaptação de livros da Jane Austen, a Keira Knightley, que na verdade já havia contracenado com a Carey em Orgulho e Preconceito.

 Não gostei inteiramente do filme, algumas coisas nele não me agradaram do tipo certas ações de alguns personagens. Blé, fazer o que? O fato é que não fiquei com vontade de ler o livro, mesmo que a capa dele seja legal, melhor que a do filme e "atraente"..

 A capa:
                                           

 E quanto à música lindíssima, aqui está:
 Há uma música citada no filme que no caso seria essa, mas na verdade ela é fictícia e até mesmo tem um tema diferente da existente no filme. A música é muito linda e eu não li o livro, então não é algo que eu vá me importar...



 Espero que gostem desse clima magnífico da música.

Beijos e até a próxima.