segunda-feira, 11 de março de 2013

Marley e Eu - John Grogan

 Acredito que quase todo mundo ao menos já assistiu o filme e sabe da história. Bom, é sobre um casal recém-casado que pra testar suas capacidades de cuidar de um filho, resolvem criar um cachorro. Poderia ser algo bem simples se o pequeno labrador escolhido não fosse o Marley, um cãozinho louco que apronta muito muito muito, mas que também é extremamente leal e que teve um imenso valor na vida daquela família em ascensão.

 Foi o primeiro livro de uma história real que eu li, e eu gostei bastante desse primeiro contato. É uma experiência legal, sinceridades e realidades dão um toque totalmente diferente a um livro. Eu gostei bastante de ver a vida de alguém assim um pouco mais de perto, a leitura fica mais interessante ao pensar que aquelas pessoas são reais e que aquelas coisas aconteceram de verdade (e em muitas partes eu fiquei tipo morrendo de vergonha alheia). Com isso não estou desvalorizando a ficção, não mesmo, até porque foi o que sempre tive contato.

 Já saber o inevitável em histórias de cachorro e ter assistido o filme, fizeram com que logo no começo, com qualquer coisinha, eu ficasse com um pouquinho de vontade de chorar. Eu tenho um certo problema com sofrimentos iminentes, então lá para os acontecimentos do final do livro, eu comecei a ficar um pouco impaciente "se eu tenho que sofrer com isso, então que seja logo" e então depois eu queria que o livro acabasse logo. E também por volta do final, eu estava tendo problemas com algumas coisas, do tipo, é a vida real colocada num livro, mas a vida real não é puramente um livro. Quando as coisas vão passar assim pro papel algumas coisas "a mais" surgem, afinal é um livro. Eu não sei se essa minha neurose se justificou neste caso, mas não tem muito problema.... Eu gostei do livro, de verdade.

 Além de ser um livro ótimo em geral, acredito que ele é muito bom principalmente pra quem é recém-casado, tá com um novo cachorro, pretende ter filhos, etc. O livro com certeza não é direcionado apenas a esses casos, eu não me encontro em nenhum deles e eu gostei bastante do livro e dessas partes.

 Minha recomendação não é completamente entusiasta, é mais sutil. Gostei do livro, sim, me fez chorar, nele meu sofrimento foi mais "real", mas acredito que prefiro o filme.

 Na vida de um cão, era comum as paredes terem a pintura arranhada, as almofadas se abrirem e tapetes rasgarem. Como qualquer relacionamento, este tinha seu preço. E acabamos aceitando este preço em troca da alegria, diversão, proteção e companheirismo que ele nos proporcionava. Poderíamos ter comprado um pequeno iate com o que nós gastamos com nosso cachorro e tudo que ele destruiu. Mas, me pergunto: quantos iates ficam esperando junto à porta o dia inteiro até você voltar? Quantos vivem esperando a chance de subir no seu colo ou descer a colina com você em um tobogã, lambendo seu rosto?
               - Marley e Eu



Até a próxima

                                                   Março - Animais protagonistas

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